16 de agosto

Salvador

ENCONTRO | ABERTURA - SHOWS

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15h - Casa do Samba Santa Cruz (Casa do Benin – Pelourinho)

Confraternização e Roda de Conversa e som entre Sambadores da região de Salvador e os Mestres Jongueiros do Sudeste.
Os interessados terão a oportunidade de presenciar um encontro musical entre Mestres do Samba e do Jongo em uma belíssima demonstração de troca cultural entre essas duas expressões proclamadas Patrimônio Imaterial Brasileiro.

A Casa do Samba Santa Cruz que faz parte da Rede das Casas dos Samba da Bahia.

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19h - Teatro SESC Pelourinho (Largo do Pelorourinho, Salvador)

Abertura oficial da II Mostra do Samba de Roda do Recôncavo Baiano.
Os Mestres Domingos Preto, Paião e Nelito recebem o Coletivo de Mestres do Jongodo Sudeste. Os Mestres estarão acompanhados, respectivamente, pelos Grupos Geração do Iguape (Santiago do Iguape), Unidos de Teodoro (Teodoro Sampaio), Samba Chula Os Vendavais (Salvador).

Coletivo dos Mestres de Jongo
O Jongo ou Caxambu é uma forma de expressão cultural afro-brasileira que integra percussão de tambores, canto e dança. Fez o caminho do café e da cana-de-açúcar, praticado pelos negros de origem bantu, trabalhadores escravizados nas lavouras do Sudeste brasileiro.

O Coletivo de Mestres de Jongo do interior de Sao Paulo e Rio de Janeiro estão presentes na II Mostra do Samba de Roda do Recôncavo Baiano evidenciando a grande diversidade de estilos e rituais na vasta região entre os estados Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo que preservam a ancestralidade bantu.

Geração do Iguape e Mestre Domingos Preto (Santiago do Iguape)
O Distrito de Cachoeira, Santiago do Iguape, às margens do Rio Paraguaçu conserva rara beleza natural e é um reduto do samba de roda baiano. É lá que vive, há 68 anos, Domingos da Conceição, o Mestre Domingos Preto. Hábil com a pesca, a lavoura e a carpintaria naval nada supera a habilidade como conduz o pandeiro uma roda de samba chula.

Domingos Preto fundou o grupo Geração do Iguape, que mantém ensaios regulares e abertos numa rinha de galo. Neste grupo, liderado pelo percussionista Mundino, o naipe de percussão se destaca. Os irmaos Rosinha e Domingos tocam em tambores artesanais, cavados num único tronco de arvore e cobertos de pelo de cobra.

Unidos de Teodoro e Mestre Paião (Teodoro Sampaio)
O Grupo Unidos de Teodoro representa a duradoura tradição do samba amarrado que vem de Teodoro Sampaio, pequena cidade situada à margem direita da rodovia que leva a Alagoinhas e Irará. Liderado pelo Mestre Paião, homem alto, alegre, grande cantador de chula e tocador de pandeiro e cavaquinho.

Paião tomou gosto pelo samba em casa, escutando e dançando com os pais. Na rotina de casa aprendeu a dominar os instrumentos percussivos e a voz. Já para tocar as cordas, teve que conquistar seu primeiro cavaquinho a troco de muitas cargas de água que levou para um ferreiro da cidade. A vocação estava nele. Com um pouco de treino conseguiu ir mais longe do que as lições que seu Mestre Tiofe lhe dava. Ele nunca parou de tocar e cantar. É o seu jeito simples que inspira e conduz o som do Grupo Unidos do Teodoro.

Samba Chula Os Vendavais e Mestre Nelito (Salvador)
Mestre Nelito, hoje com 70 anos e em plena forma, nasceu em Santiago de Iguape, distrito de Cachoeira. Ainda menino foi morar em Santo Amaro da Purificação, onde trabalhou como “moço de boi”, ou seja, o menino que guiava com uma vara os bois que puxavam os carros transportadores de cana-de-açúcar. Veio em seguida para Salvador morar com o pai, a mãe lavadeira e alguns tios, na Baixa da Égua, no Engenho Velho da Federação.

No Engenho Velho, Mestre Nelito conta que introduziu a capoeira, o samba chula e criou um grupo de samba que fez história em toda cidade, o Grupo Cultural de Samba de Roda Os Vendavais. O nome sugestivo desse grupo que existe há 19 anos, vem de uma simples constatação dele: “Onde a gente chega arrasa tudo, é um vendaval”.

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