A caravana da II Mostra
do Samba de Roda chega, sem desânimo, à sua última parada:
Irará, domingo, 19/8. O dia começou com oficinas de dança e
música, na Comunidade Quilombo da Olaria. Com a participação do
grupo de Carimbó Tio Milico (Pará), do grupo de Coco de Roda de
Novo Quilombo a oficina foi encerrada em clima de confraternização.
No início da tarde as
atividades foram retomadas na Sede da Filarmônica 25 de Dezembro.
Todos reunidos para para mais uma tarde de conversa. O tema do dia
foi Arte e Cultura popular - Caminhos e encontros de criação
estética.
As abordagens, a
julgar pelo currículo dos palestrantes, foram amplas e
diversificadas. Bule-Bule fez referência à falta de percepção que
existe por parte de muitos pesquisadores quanto a descrição da
expressão coreográfica das músicas. Katharina Dhoring, curadora
dessa II Mostra do Samba, fez a abertura e coordenou as apresentações
na mesa.
O fotógrafo Adenor
Gondim, a partir de slides com fotos da Caminhada Axé, falou da
importância da identidade visual na divulgação dos trabalhos com
grupos e expressões da cultura popular. Sérgio Ramos ou Cabelera,
da Secretaria de Cultura de Irará, exaltou a relevância da cultura
popular como sustentáculo da sociedade. E o histpriador Henrique
Sampaio apresentou o trabalho que está desenvolvendo com os grupos
de coco na Paraíba.
O DJ Tudo parte da
interação entre imagem e som. Mostrou trechos do DVD que está
lançando “Nos quintais do Mundo Melhor - DJ Tudo e sua gente de
todo lugar” para demonstrar como o seu trabalho é baseado na
estética contemporânea, do mix e remix e totalmente influenciado
pela cultura popular. Ele apresentou também o site Mundo Melhor.
Ao final das
discussões, todos foram juntos para a praça Pedro Nogueira, onde
estavam acontecendo as apresentações do Lindro Amor de São Cosme e
São Damião, Grupo Espermacete (Camaçari), Raízes de Tocos, Coco
Novo Quilombo (PB) e o Carimbó do Pará.
A noite chegou e o
samba continuou. O encerrameto da II Mostra do Samba de Roda do
Recôncavo Baiano foi feito em grande estilo: na roda. E, como já
dissemos, o samba não termina. Salve a todos os sambadores e
sambadeiras. Já estamos aguardando as novidades da III Mostra do
Samba de Roda do Recôncavo Baiano.
Texto de Scheilla Gumes
a partir de notas de Fred Aylandro.
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